Esse texto também é de Oswaldo Maraucci da ESPN e fala sobre a postura e conduta de Tomás Belucci.
Novamente muito bem escrito e de claro entendimento, saboroso de ler.
BASTA!!!!!
Matheus , respeito demais sua opinião, mas entenda que sacrificios fazem parte do caminho de qualquer esportista e no Tenis não é diferente, ainda mais no Brasil. O Bellucci é um tenista top 30 por méritos seus e não se discute. Mas foi ele quem falou que seria top 10!!! Foi ele quem disse apos perder uma partida que o seu adversário teve muita sorte !!!!! Pode buscar no youtube um Bate Bola na ESPN que participei. Foi ele quem falou que no Brasil so exitem 2 técnicos!!!! Foi ele quem falou que ia para o Aus Open 2012 para jogar bem ?? !!!!! Sem considerar as pisadas ao longo de sua carreira enqto juvenil!!!!! Ou na véspera de um Roland Gaqrros, ja profissional. Ele é uma pessoa pública, um ídolo ( mesmo que para alguns, como vc) e REPRESENTA UM PAÍS !!!! DEVE SIM UMA SATISFAÇÃO PARA TODA UMA TORCIDA QUE SEMPRE ESTA DISPOSTA E PRONTA PARA ESQUECER E APOIÁ-LO NA PRÓXIMA PARTIDA, ENTÃO ESPERAMOS, QUEREMOS , EXIGIMOS PELO MENOS LUTA,LUTA LUTA !!!! Sei muito bem quais são os sacrifícios, as dificuldades de um juvenil, seus pais e treinadores. Mas agora ele é um PROFISSIONAL, que vive desse esporte, que recebe um bom dinheiro de seus patrocinadores e lhes deve uma satisfação porque esse dinheiro não nasceu no mato ou foi achado no lixo. Se quiser , procure no meu face uma pequena HISTORIA QUE CONTEI SOBRE GUGA/LARRY e talvez voce entenda um pouco mais disso tudo que estou falando.
O que sinto nas palavras de todos torcedores, eu inclusive, não é uma cobrança por vitórias, como fazemos com os nossos times do coração. O que nós queremos é garra,superação, LUTA,LUTA,LUTA. Perder faz parte de qualquer esporte, aliás , da vida. Só que é a partir delas ou por causa delas que crescemos, evoluimos e seguimos atrás dos nossos sonhos e muitas vezes , depois de cair e levantar "n" vezes, conseguimos.
Desculpem o desabafo !!!!!
Treinamento para competição, aula social, organização de eventos e arbitragem. As aulas são ministradas no clube AABB de Franca e são abertas a sócios e não sócios do clube. Para informações sobre horários e preços entrem em contato pelo email: marceltenis@hotmail.com ou fone (16) 99183 5660. Atendimento individual ou em grupo, sempre com grande aproveitamento. Venha fazer uma aula sem compromisso, será um prazer.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Òtima história.
Segue um texto de Oswaldo Maraucci, comentarista da ESPN , treinador e profundo conhecedor do nosso esporte, acho esse relato fabuloso, cheio de detalhes e histórias de dois ícones do nosso tênis. "Conforme o prometido, segue um pequeno relato do que vi , convivi e acompanhei ao longo da trajetória da parceria entre Guga e Larry. Conheci Guga quando ele tinha 13 ou 14 anos e seu técnico ainda era Carlinhos Alves, também de Florianópolis e pai de Nanda Alves, hoje tenista profissional. Nessa mesma epoca eu iniciava minha trajetória como técnico no circuito juvenil, treinando Vitor Martins, Ernane e Daniel Mello ( irmãos do duplista Marcelo Mello), Pedro Zannoni, Fabio Gil e Tatiana Oliveira. Viajávamos todo o circuito ITF, COSAT e Brasileiro. Pouco tempo depois Guga passou a treinar com Larry Passos e dentro de uma rotina em comum e encontros constantes Larry e eu iniciamos nossa amizade. Larry aos meus olhos sempre fora um estudioso,trabalhador, batalhador e disciplinador, por isso já tinha no seu currículo tenistas como Andréia Vieira e Marcus Barbosa (Bocão), entre outros. Foi uma época difícil, atravessávamos a segunda metade da década de 80, com a mesma dificuldade em conseguir patrocinadores e o dólar nas nuvens. Nunca é demais lembrar que estes juvenis fizeram parte de uma geração que tinha por aqui tenistas como Marcio Carlson, Pedro Braga, Marcelo Cesana, Adriano Ferreira e no exterior Nicolas Lapenti, Marcelo Rios, Jimmy Zimanskyi, Lindsay Davenport, Yevgeny Kafelnikov, Albert Costa e outros mais. Estava presente na 1ª participação do Guga, quando este ainda juvenil foi convidado a integrar a equipe brasileira num encontro de Copa Davis (Brasil x Bahamas no Tijuca Tênis Clube/RJ) ,como estava presente também na estréia dele como titular, já profissional no encontro Brasil x Venezuela no Tênis Clube de Santos. Neste período eu era auxiliar técnico da equipe brasileira que tinha como Capitão/Técnico Paulo Cleto. Antes de continuar, deixo bem claro que o sucesso de muitos tenistas, senão a maioria, está diretamente associado a sua formação como pessoa. Considero o papel da família na educação, formação, valores morais e éticos fundamental. E a partir de tais considerações que começamos a ver os diferenciais do Guga, o papel que sua família exerceu e onde começa também a atuação de Larry. Em muitos momentos, prevaleceu-se a vontade, o conhecimento e as orientações do Técnico. Por outro lado houve a concordância, a confiança e o respeito por parte da mãe do Guga, Dona Alice, no trabalho proposto. Entendam que começava assim uma história que continha os ingredientes principais para o sucesso. Pois, para o desassossego dos técnicos, nos deparamos corriqueiramente com pais que dão palpites sem fundamentos, impõem suas vontades e muito pior, dão ouvidos aos filhos e aos seus caprichos, esquecendo ou desconhecendo que um adolescente é um ser em formação e passivo de mudanças constantes de opinião. Cansei de ver esse filme ao longo da minha carreira que infelizmente ele sempre se repete tendo como final o fracasso. Cabe aqui um esclarecimento: ser Técnico, com T maiúsculo, principalmente de infanto-juvenil, é ser treinador, babá, amigo, pai, mãe, orientador e, sobretudo educador. É abrir mão da família, dos amigos, da grana, das férias, sábados e domingos, viajar para os piores lugares que se possa imaginar, dormir e comer muito mal, além de uma estressante rotina de treinos e jogos, enfim, é uma profissão para poucos. Ser tenista profissional também é para poucos, pois poucos estão dispostos a passar por situações tão adversas. Mas, Larry e Guga e Guga e Larry provaram que é possível tornar o sonho em realidade. Para que vocês entendam como a realidade é difícil relato aqui tres situações. Larry começava a montar sua Academia em Balneário Camburiú e certa vez comentou comigo que precisava construir o muro e que comprava os blocos de pouco em pouco , quando sobrava uma grana e me lembro da sua tristeza quando fortes chuvas derrubaram grande parte desse muro. Também me lembro quando Larry me ligou, véspera de embarcarmos para o Circuito de Verão juvenil na Europa, preocupado e pedindo ajuda, pois o patrocinador do Guga dias antes havia cancelado o patrocínio. Para aqueles que não sabem, Larry vendeu o seu carro para viabilizar tal viagem. Já como profissional nos encontramos em vários lugares, mas em especial relato essa passagem: Estávamos em Indian Wells/ Palm Springs, eu treinando Jaime Oncins e Roberto Jabali e após o almoço num restaurante onde a conta foi de U$ 20 por cabeça ( nesta época o dólar estava 1/1), Larry me chama de canto e diz:” Osvaldo, nós não temos condições de gastar U$ 40,00 por refeição, U$ 80,00 por dia, estou buscando uma casa de família e aí poderei cozinhar para nós”. Ainda tentei argumentar, dizendo que poderíamos dividir os meus pedidos reforçando-os com as entradas ( sopas e saladas) que os jogadores nunca comiam. Larry respondeu: ”Osvaldo, o Guga me fez prometer que nas viagens ou comeríamos juntos e as mesmas coisas ou voltaríamos para o Brasil na mesma hora”. Em tempo, é, ou pelo menos era costume, Técnicos fazerem qualquer sacrifício para viabilizar as viagens ( coisas como comer a sobra do jogador, dormir no chão, etc). Faço questão de fazer esse relato para que todos entendam e saibam o que esses dois passaram juntos. Essa história foi construída ao longo dos anos, calcada em muito sacrifício, sofrimento e luta. E não conheço nenhuma história de sucesso, qualquer que seja a atividade humana onde sacrifício, dedicação, entrega, persistência, etc,etc não façam parte deste enredo. Portanto, comparar a relação Larry/Guga com a relação Larry/Bellucci, a meu ver, não é justa, pois no caso do Bellucci , Larry não participou da sua formação como pessoa e tampouco como tenista. Sobre Tomaz Bellucci, o que sei é que esta atitude que tomou dispensando o Larry não é novidade na sua carreira juvenil e profissional e foi ouvindo pessoas que conviveram com ele, alguns profissionais que com ele trabalharam e assistindo suas infelizes e desastradas entrevistas após derrotas inaceitáveis, surpreendentes e ao mesmo tempo decepcionantes é que podemos coletar dados suficientes para formarmos nossas opiniões. Portanto, tudo o que eu sei é o que vocês sabem.... quer dizer... quase tudo. |
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